terça-feira, 28 de setembro de 2010

A chuva

Está chovendo. Estou sozinha. Não é triste, é perfeito.
Dizer que a chuva trás tristeza é clichê, mas hoje não. A chuva veio na hora certa. Ela está lavando minha alma, levando com ela todos os meus pensamentos ruins, levando os meus pesadelos, todas as ideias de solidão.
A chuva preenche todo meu corpo, todo meu ser, mas ainda assim, me deixa tão leve.
Eu quero dançar na chuva, cantarolar, sem ritmo algum, quero somente deixar acontecer como deve ser. E se tivesse um amor, ou alguém especial, beijar na chuva, abraçar na chuva não seria nada mal.
Mas estou aqui, sentada em minha sala, olhando a chuva pela janela. Por que ainda estou presa aqui? Meu lugar é lá fora, enquanto a chuva cai.
Estou indo, não espere minha volta, não sei quanto tempo a chuva vai durar, mas vou aproveitá-la ao máximo, pois quando terei uma chance tão perfeita novamente?!?!

Fogo no horizonte

O barulho do vento em minha janela me acordou de um pesadelo. Já era manhã, mas o dia estava escuro.
Peguei o carro, o vento combinava perfeitamente com minha velocidade.
As ruas estavam vazias, o ar estava frio. A solidão tomou conta da cidade. Eu parei. De olho no horizonte eu parei o carro. Desci. O vento chicoteava o cabelo contra meu rosto.
Sentei-me naquele banco. Vi o horizonte pegando fogo sob um sol vermelho. Eu fechei os olhos, não estava mais aqui.

Ele está em meus sonhos

Ele era estranho. Aos olhos do mundo ele era diferente. Aos olhos de todos os pais do mundo ele era rebelde. Para os garotos ele era quase uma menina. Para muitas garotas ele era "O CARA".
Para mim ele era o principal objetivo de minha vida, meu sonho de consumo. Ele era tudo o que eu sempre quis, ele era quem eu queria para estar para sempre ao meu lado.
Não importava se ele fosse de outro país, falasse outra língua e ainda não me conhecesse, não importava o que os outros pensassem, eu o teria. Um abraço, um beijo, o amanhecer....
... Infelizmente ainda não era real, eu acordei.